sexta-feira, 28 de março de 2008

A conta que Deus fez i


Diz que são os 33, pelo que se trata de uma idade... divina.
A ver vamos.
Até lá penso nas idades menos divinas, nas quedas e nos risos, nas aprendizagens, nos amigos, na família de então e na família de agora, no que mudei e no que não mudei. Nas pessoas que perdi porque mas tiraram. Ou porque quiseram ir. Ou porque deixei que fossem. Ou porque fugi delas.
E sim, garanto-vos que já me sinto naquela idade que mudaria muita coisa para trás, mas que me arrependo de muito pouca coisa... O maior arrependimento é o de nem sempre ter feito feliz as pessoas à minha volta, que me querem e/ ou queriam muito, que me deram colo e tabefes (os "tabefes" mentais custam bem mais) quando precisava.
Honestamente tento cada dia ser melhor pessoa mas ultimamente acho que não tenho conseguido, ainda que todos os dias, ao deitar, faça para mim essa declaração de intenções: "que amanhã seja melhor pessoa do que hoje fui". Acho que aprendi a manipular-me e isso é mau.
Há alturas em que o percurso olhado daqui, para trás, é fantástico, com muitas coisas boas a atenuar algumas más. Mas há dias meus amigos... Há dias em que uma vivência de 5 minutos que seja vem à memória e tudo escorre e sinto-me perdida. Mesmo que fosse uma vivência de há quase 30 anos. Ou do ano passado. Ou de há uns instante atrás.
Crescer custa, sofre-se. Eu passo muito esta mensagem aos meus pacientes. Tantas vezes que é mecânica já, de pouco interiorizada. E a mim, houve alturas que custou, mas digo-vos custou a valer! Que não compreendia porque algumas coisas me aconteciam, que sentia que não valia muito a pena por cá andar. E eu, garanto-vos, nunca fui depressiva!
Tenho aprendido muito de mim e continuarei a aprender. E há coisas que não gosto de aprender acerca de mim. Mas também se não as aprender, não lhes concedo existência, logo, não as posso desaprender, mudar, tirar ou atenuar... Lá está, custa crescer. E como se cresce até morrer, isto ainda há-de custar mais um bocado.
Há quem diga que antes do nosso aniversário ocorre um fenómeno parecido ao do final de ano. Fazemos balanços. Acho que isto é um balanço, sem ter tido outra intenção que não a de mostrar a C. lá atrás, na década de 70, quando ainda podia ser tudo porque tudo estava em aberto, sem escolhas!
No Ring a Bell?

5 comentários:

Anónimo disse...

A C. continua a poder fazer escolhas e continua a poder traçar o seu caminho para a frente.



PS: já eras giraça em miúda ;)

Anónimo disse...

Que linda mesmiquinha :)
E cada vez estás melhor ;)

Anónimo disse...

Se te serve de consolacao e's e sera's sempre a minha velhota preferida :)


Isso dos balancos e' sempre igual, mas quanto a mim digo-te que gosto assim de ti, da maneira que e's ;)

Anónimo disse...

:) linda

Anónimo disse...

Olha ela!
Eras mais bonita em pequenita lol

Sabes um segredo gaja? Admiro-te. E mais não digo até porque tu sabes porquê ;)

Beijos